Mas não confunda radical com fanático. "Radical", é uma palavra que vem do latim radicalIS, “relativo à raiz”, de RADIX, “raiz” [1]. Ou seja, estamos falando do que vai ao cerne, o âmago, a raiz da coisa toda! Anote aí: A raiz do amor se chama sacrifício.
Amor e sacrifício são tão idênticos, tão proporcionais, tão simétricos entre si, que eu sinceramente não sei dizer qual seria a diferença entre eles. A razão pela qual as pessoas sacrificam os outros por si, para o seu benefício, mas não a si mesmos pelos outros, é que elas amam mais a si do que amam os outros. Entende agora?
Essas semelhanças com sacrifício exigem maturidade para entender que amor não é uma troca. É um verbo intransitivo, não exige complemento. Como diria Drummond, amor é "doação ilimitada a uma completa ingratidão".
A recompensa pelo ato de bondade, pelo amor doado, é a própria doação em si e ponto final. A expectativa de receber algo em troca, anula o princípio mais elementar da substância pela qual o amor é composto. O desejo de receber algo em troca, revela que o ato de doação em si tinha em vista o benefício do próprio eu, e não do objeto amado.
Jesus mostrou que ser genuinamente bom, requer abnegação, negação do próprio eu. Ninguém melhor que Ele, ninguém maior que Ele demonstrou esse princípio que defendo aqui.
Lembra da Cruz? Agora reflita se amor não é sacrifício voluntário e abnegado.
Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida (se sacrifica) pelos seus amigos.
[Jesus, em João 15:13]
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