A garagem ficou vazia. O vento fazia uivos pelas frestas das janelas que ficaram escancaradas, enquanto a porta da cozinha, entreaberta, rangia de dores pelo óleo ressecado. Havia tocos de carvão espalhados pelo chão, e na geladeira, preso por um imã em formato de barquinho, um pedaço de uma folha de caderno velha e amarrotada da época da faculdade, escrito com pressa e em letra de forma:
- "Estou indo para Nashville e não sei se voltarei. Se voltar, já não serei mais eu. Se não voltar, eu já não mais serei."
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