Confesso que eu nunca seria capaz de amar o deus que me apresentaram ao longo da vida. Se ele existisse, seria medieval, seria bárbaro e infantil. As pessoas me apresentaram um ser assim. Ele seria justo demais para não ser severo em me condenar justamente, pois disso sou digno. Poderoso demais para se aproximar de alguém tão torto sem destruir-me, pois disso sou digno. Grande demais, inatingível, para se importar com uma massa de setenta quilos sem esmagá-la como uma formiga, pois disso sou digno.
É uma verdade. Eu não poderia amar um deus que não fosse igual a Jesus. Mas veja que sorte a minha! Meu Deus, o Senhor é igual a Cristo! E eu não conseguiria não amar alguém como Cristo; eu não resistiria. Mas o meu Deus... Ah, Ele é igual a Jesus! Puxa vida, que sorte a minha! Mas que sorte a minha!