Uma Força Medonha, C. S. Lewis
(★★☆☆☆)
Este é o último volume da trilogia espacial de Lewis. Leitura obrigatória para quem esteve em Narnia, gostou da ficção lewisiana e já ouviu falar da amizade de Lewis com Tolkien - representado na trilogia pelo Dr. Ransom.
Este é, até o momento, o livro de Lewis que menos gostei. A história é extensa, com uma trama bem desenhada e estranhamente emaranhada. Com complexidades que só a realidade costuma apresentar.
Passei a maior parte do livro esperando aquele momento em que a história finalmente parece caber na minha mente e começa a desenhar um sentido para dar desfecho a trilogia, mas esse momento veio aos poucos e não com um desfecho como os que presenciei em As Crônicas de Narnia.
Na verdade, esse Lewis da trilogia espacial não me pareceu o mesmo que desenhou Aslam. Uma rápida investigação me mostrou que Lewis ainda amadureceria muito do aspecto ficcional até chegar em Narnia. Essa trilogia foi escrita muito antes, e tem propósitos mais específicos, especialmente filosóficos com algum cunho cristão. Provavelmente, Lewis tinha a intenção de nos fazer refletir sobre o conflito cósmico entre o bem e o mal. E fez-me refletir sobre minha posição nesse conflito várias vezes.
A linguagem não é a mais clara, mas possivelmente pela tradução da editora. A leitura, como observa Lewis no prefácio, pode até ser feita independente das obras anteriores, a saber Além do Planeta Silencioso e Perelandra. Pode-se observar a paixão de Lewis pela literatura medieval e lendas arturianas - algo que já tinha lido a respeito na biografia de Lewis escrita por Alister McGrath (excelente, por sinal).
A trilogia vale muito mais à pena pelos dois volumes anteriores que são muito interessantes, e a leitura deste último, torna-se portanto, obrigatória.
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Páginas
quarta-feira, 7 de setembro de 2016
Resenha - Graça Abundante ao Principal dos Pecadores, John Bunyan
Graça Abundante ao Principal dos Pecadores, John Bunyan
(★★★★★)
Estava eu lendo O Grande Conflito, obra consagrada de Ellen G. White, quando ela me dá o testemunho especial da vida de John Bunyan (1628 - 1688) - um antigo homem de Deus, preso por não desistir de falar de Cristo por circunstância alguma.
Eis o que li em O Grande Conflito: "Em nauseabundo calabouço, repleto de devassos e traidores, João Bunyan respirava a própria atmosfera do Céu; e ali escreveu a maravilhosa alegoria da viagem do peregrino, da terra da destruição para a cidade celestial. Por mais de dois séculos aquela voz da cadeia de Bedford tem falado com poder penetrante ao coração dos homens. O Peregrino e Graça Abundante ao Principal dos Pecadores, escritos por Bunyan, têm guiado muitos à senda da vida." (O Grande Conflito, p. 252)
Bunyan ficou 12 anos no cárcere por se recusar a para de pregar o evangelho. E foi lá, dentro da cadeia, que ele escreveu o que viria a ser o maior clássico da literatura cristã de todos os tempos, depois da Bíblia. O Peregrino (1678) tornou-se um livro especial demais para mim. Ao lê-lo, descobri alguém que adquiriu uma visão muito precisa e profundamente espiritual da vida cristã, e me aconselhou bastante. Fiquei muito feliz e impressionado com a similaridade das experiências vividas por Cristão, a personagem da estória de Bunyan. A importância dessa obra para minha vida, de uma fase em especial da qual fui completamente confortado, eu pouco consigo descrever, Deus o sabe. Isso confirmou outras recomendações que já tinha ouvido sobre O Peregrino.
Um outro escritor por quem tenho a maior estima também me falou de Bunyan. Utilizado como argumento em Cristianismo Puro e Simples, C. S. Lewis cita a vida de Bunyan como uma evidência da inteligência inerente ao cristianismo: "Deus não detesta menos os intelectualmente
preguiçosos do que qualquer outro tipo de preguiçoso. Se você está pensando em se tornar cristão, eu lhe aviso que estará embarcando em algo que vai ocupar toda a sua pessoa, inclusive o cérebro. Felizmente, existe uma compensação. Aquele que se esforça honestamente para ser cristão logo percebe que sua inteligência está aprimorada. Um dos motivos pelos quais não é necessário grande estudo para se tornar cristão é que o cristianismo é em si mesmo uma educação. Foi por isso que um crente ignorante, como Bunyan, foi capaz de escrever um livro que espantou o mundo inteiro".
Coisas como essa, é claro, fizeram minha curiosidade por Bunyan crescer bastante. E foi numa visita informal a uma amiga que falei de Bunyan, e fui surpreendido de duas formas por ela. A primeira foi de ela ter essa obra em casa; e a segunda, de me presentear ali mesmo com ela! Ganhei 'Graça Abundante ao Principal dos Pecadores' de presente naquele dia. Muito obrigado, Evelyn!
Esta é a autobiografia de Bunyan. Mais recomendada pelos frutos de sua vida do que pela obra em si. Bunyan foi chamado de ignorante por C. S. Lewis por sua pobreza lastimosa em educação formal. Filho de um latoeiro (consertador de panelas e vasilhas), Bunyan era de fato muito pobre e bastante vazio intelectualmente. Talvez arruaceiro na idade pueril, tinha uma boca bastante inclinada a praguejar e ofender, como ele mesmo diz.
Aos poucos, sua consciência foi despertada pelo Espírito Santo, e ele se tornou um homem de caráter firme e nobre. Possuía um forte apelo pela necessidade de viver vida santificada, e isso o levava a vales profundos de conflito pessoal. A vida de Bunyan foi marcada por densos rios de angústia com momentos de regozijo. Sua necessidade de perdão e de pertencer a Cristo era tudo o que ocupava sua consciência.
Pregador ousado, Bunyan passou a reconhecer o dom de falar de Cristo aos pecadores, e foi também reconhecido por isso. Multidões se reuniam para ouvi-lo falar da Palavra de Deus, e por isso mesmo foi perseguido e preso.
Sua biografia, contudo, é marcada pelas descrições detalhadas das experiências espirituais profundas que viveu, e que acredito, não ser familiar a maioria dos cristãos modernos. Muitos o julgariam digno de pena e necessitado de apoio médico profissional. Mas foi através de uma vida frágil como essa que Deus fez um servo de fibra espiritual inquebrantável, e, talvez, o cristão moderno mais influente de todos os tempos através de suas obras escritas.
Não recomendo essa obra para o público em geral com outros objetivos de leitura. Mas se você, como eu, tem profundos conflitos pela necessidade do perdão do Céu e dificuldades de explicar suas experiências espirituais para outras pessoas, acredito que Bunyan pode lhe ser grande fonte de conforto e instrução. De fato, Graça Abundante ao Principal dos Pecadores adquiriu profundíssimo significado para mim pela semelhança de suas experiências espirituais (com a ressalva de que as dele são, obviamente, muito mais intensas) a ponto de poder dizer aos meus amigos que, se eles, por acaso, tiverem algum interesse em conhecer partes da minha vida que não sou capaz de explicar, leiam essa obra. É minha biografia escrita por alguém do século XVII. De uma forma difícil de definir, John Bunyan sou eu.
(★★★★★)
Estava eu lendo O Grande Conflito, obra consagrada de Ellen G. White, quando ela me dá o testemunho especial da vida de John Bunyan (1628 - 1688) - um antigo homem de Deus, preso por não desistir de falar de Cristo por circunstância alguma.
Eis o que li em O Grande Conflito: "Em nauseabundo calabouço, repleto de devassos e traidores, João Bunyan respirava a própria atmosfera do Céu; e ali escreveu a maravilhosa alegoria da viagem do peregrino, da terra da destruição para a cidade celestial. Por mais de dois séculos aquela voz da cadeia de Bedford tem falado com poder penetrante ao coração dos homens. O Peregrino e Graça Abundante ao Principal dos Pecadores, escritos por Bunyan, têm guiado muitos à senda da vida." (O Grande Conflito, p. 252)
Bunyan ficou 12 anos no cárcere por se recusar a para de pregar o evangelho. E foi lá, dentro da cadeia, que ele escreveu o que viria a ser o maior clássico da literatura cristã de todos os tempos, depois da Bíblia. O Peregrino (1678) tornou-se um livro especial demais para mim. Ao lê-lo, descobri alguém que adquiriu uma visão muito precisa e profundamente espiritual da vida cristã, e me aconselhou bastante. Fiquei muito feliz e impressionado com a similaridade das experiências vividas por Cristão, a personagem da estória de Bunyan. A importância dessa obra para minha vida, de uma fase em especial da qual fui completamente confortado, eu pouco consigo descrever, Deus o sabe. Isso confirmou outras recomendações que já tinha ouvido sobre O Peregrino.
Um outro escritor por quem tenho a maior estima também me falou de Bunyan. Utilizado como argumento em Cristianismo Puro e Simples, C. S. Lewis cita a vida de Bunyan como uma evidência da inteligência inerente ao cristianismo: "Deus não detesta menos os intelectualmente
preguiçosos do que qualquer outro tipo de preguiçoso. Se você está pensando em se tornar cristão, eu lhe aviso que estará embarcando em algo que vai ocupar toda a sua pessoa, inclusive o cérebro. Felizmente, existe uma compensação. Aquele que se esforça honestamente para ser cristão logo percebe que sua inteligência está aprimorada. Um dos motivos pelos quais não é necessário grande estudo para se tornar cristão é que o cristianismo é em si mesmo uma educação. Foi por isso que um crente ignorante, como Bunyan, foi capaz de escrever um livro que espantou o mundo inteiro".
Coisas como essa, é claro, fizeram minha curiosidade por Bunyan crescer bastante. E foi numa visita informal a uma amiga que falei de Bunyan, e fui surpreendido de duas formas por ela. A primeira foi de ela ter essa obra em casa; e a segunda, de me presentear ali mesmo com ela! Ganhei 'Graça Abundante ao Principal dos Pecadores' de presente naquele dia. Muito obrigado, Evelyn!
Esta é a autobiografia de Bunyan. Mais recomendada pelos frutos de sua vida do que pela obra em si. Bunyan foi chamado de ignorante por C. S. Lewis por sua pobreza lastimosa em educação formal. Filho de um latoeiro (consertador de panelas e vasilhas), Bunyan era de fato muito pobre e bastante vazio intelectualmente. Talvez arruaceiro na idade pueril, tinha uma boca bastante inclinada a praguejar e ofender, como ele mesmo diz.
Aos poucos, sua consciência foi despertada pelo Espírito Santo, e ele se tornou um homem de caráter firme e nobre. Possuía um forte apelo pela necessidade de viver vida santificada, e isso o levava a vales profundos de conflito pessoal. A vida de Bunyan foi marcada por densos rios de angústia com momentos de regozijo. Sua necessidade de perdão e de pertencer a Cristo era tudo o que ocupava sua consciência.
Pregador ousado, Bunyan passou a reconhecer o dom de falar de Cristo aos pecadores, e foi também reconhecido por isso. Multidões se reuniam para ouvi-lo falar da Palavra de Deus, e por isso mesmo foi perseguido e preso.
Sua biografia, contudo, é marcada pelas descrições detalhadas das experiências espirituais profundas que viveu, e que acredito, não ser familiar a maioria dos cristãos modernos. Muitos o julgariam digno de pena e necessitado de apoio médico profissional. Mas foi através de uma vida frágil como essa que Deus fez um servo de fibra espiritual inquebrantável, e, talvez, o cristão moderno mais influente de todos os tempos através de suas obras escritas.
Não recomendo essa obra para o público em geral com outros objetivos de leitura. Mas se você, como eu, tem profundos conflitos pela necessidade do perdão do Céu e dificuldades de explicar suas experiências espirituais para outras pessoas, acredito que Bunyan pode lhe ser grande fonte de conforto e instrução. De fato, Graça Abundante ao Principal dos Pecadores adquiriu profundíssimo significado para mim pela semelhança de suas experiências espirituais (com a ressalva de que as dele são, obviamente, muito mais intensas) a ponto de poder dizer aos meus amigos que, se eles, por acaso, tiverem algum interesse em conhecer partes da minha vida que não sou capaz de explicar, leiam essa obra. É minha biografia escrita por alguém do século XVII. De uma forma difícil de definir, John Bunyan sou eu.
domingo, 17 de abril de 2016
Se Cristo Tivesse Aplicado uma Prova de Seleção
Se Cristo tivesse aplicado uma prova de seleção para a escolha dos apóstolos, quem estuda os evangelhos sabe que, dos doze, era bem provável que Judas fosse um dos poucos aprovados. Ora, boa parte dos discípulos era composta de homens pobres, com pouca instrução formal e certas dificuldades emocionais. Já Judas possuía certa habilidade financeira, e talvez por isso mesmo tenha sido eleito tesoureiro do grupo. Isso nos mostra o quanto Cristo estava mais à procura de pecadores sinceros do que de homens capacitados. Ao que tudo indica, um coração contrito tinha-lhe mais valor do que diplomas acadêmicos.
Havia em seu tempo muitos doutores da Lei, versados em língua hebraica e mestres da Torá. Mas ele preferiu alguns humildes pescadores dentre o povo comum. Não acredito que Jesus tenha mudado de opinião nos nossos dias. Acho que ele ainda procura aquele punhado de homens humildes e sinceros no meio da multidão.
Talvez Jesus queira mesmo aquele Pedro contrito, mas um tanto orgulhoso. Talvez ele busque o João estourado, mas de coração sensível. Talvez ele queira mesmo o Tiago rude, mas de íntimo sincero.
Se os critérios de seleção de Jesus são tão diferentes assim, talvez Jesus ainda procure pessoas comuns hoje em dia. Talvez as pessoas que ele ainda procure são pessoas assim, difíceis, complicadas, duras, mas pessoas sinceras. Talvez com um perfil não tão recomendável. Sendo esse o caso, talvez ele procure pessoas desse tipo... tipo eu, tipo você!
segunda-feira, 21 de março de 2016
Eu confundi as divindades
Uma das últimas fortes tentações que sofri foi a de abandonar a própria fé em Deus por frustrações de apoio que esperava ter recebido dele quando muito precisei. E preciso admitir que talvez eu o tivesse mesmo abandonado se não fosse por Cristo. Percebo que é fácil desistir de um deus imaginário que alimento em minha mente, baseado em suposições e expectativas; ou do deus-miragem que formulo das experiências relatadas de outras pessoas. É fácil perder a fé no que não existe. Afinal, eu alimentava expectativas baseadas em quê? Em quê você baseia as suas? Advirto-lhe: é fácil perder a fé no que não existe. Existe um Deus, e existem concepções particulares, divindades pessoais, de quem ele deveria ser, na mente de cada um. E é provável que estejamos errados em muitas dessas concepções. Eu confundi as divindades.
Por outro lado, também preciso constatar uma verdade exuberante a esse respeito, e que possivelmente jamais descobriria possuir se não me defrontasse com a real possibilidade de perdê-la. De fato, talvez eu desistisse do meu deus particular, o que formulei em minha mente por mim mesmo e do qual esperava um determinado apoio; mas não me foi possível desistir do Deus em quem Jesus cria. Ele é diferente, porque ele é real.
Entendo melhor agora o quanto minha fé depende fundamentalmente de Jesus de Nazaré. O quanto a fé de todo cristão depende. Percebo também que muitos perderão por completo uma fé que supõem ter, se esta não estiver firmemente baseada em Cristo - nossa concreta realidade espiritual inegável. Na verdade, não posso chamar de fé cristã uma crença que se baseie mais nas minhas linhas de suposição e imaginação, do que na concretude irrefutável de conhecer pessoalmente a Cristo. Por isso, o amado João fez questão de deixar registrado: "Ninguém jamais viu a Deus, mas o Deus Unigênito, que está junto do Pai, o tornou conhecido" (João 1:18). Portanto, não imagine Deus, conheça Cristo. "Quem me vê a mim vê o Pai", ele disse. Precisamos ver Jesus, logo, digo.
Note o quão desafiador é crer em algo que não existe.
Com frequência, formulamos divindades pessoais, mini-deuses pagãos, forjados a imagem e semelhança de quem não conhece o Salvador. Criamos em nossa mente, Deus a nossa imagem e semelhança. Forte dizer, mas conclusão necessária: todo cristão que não conhece Jesus é idólatra da mais cruel divindade já formulada pela imaginação humana: um deus chamado 'eu mesmo'. A mais frustrante de todas as divindades.
Agora, amigo, dirijo-me a você de forma direta: se sua fé baseia-se em expectativas pessoais a respeito de um deus sentido pelas emoções, ensinado por seus pais, ou mantido pelas tradições de sua igreja, esse deus, pelo simples fato de não existir, é proporcionalmente simples de abandonar.
Rejeite logo esse deus que lhe traz tantas frustrações - essa divindade maléfica, na verdade, é você mesmo! O Deus real, Aquele das Escrituras, só foi verdadeiramente apresentado por Cristo - "Ele é a imagem do Deus invisível". Em Cristo, o Criador possui um rosto, um caráter definido, por meio do qual todo homem pode se deixar cativar. Fé é apenas uma palavra nula, sem Jesus de Nazaré.
Deixo-lhe por fim, o que poderá ser uma valiosa lição para ter fé; a de que só é possível crer em Deus se estivermos "olhando para Jesus, autor e consumidor" dela (Hebreus 12:2). Abra os evangelhos e conheça a Deus por meio de Cristo.
Por outro lado, também preciso constatar uma verdade exuberante a esse respeito, e que possivelmente jamais descobriria possuir se não me defrontasse com a real possibilidade de perdê-la. De fato, talvez eu desistisse do meu deus particular, o que formulei em minha mente por mim mesmo e do qual esperava um determinado apoio; mas não me foi possível desistir do Deus em quem Jesus cria. Ele é diferente, porque ele é real.
Entendo melhor agora o quanto minha fé depende fundamentalmente de Jesus de Nazaré. O quanto a fé de todo cristão depende. Percebo também que muitos perderão por completo uma fé que supõem ter, se esta não estiver firmemente baseada em Cristo - nossa concreta realidade espiritual inegável. Na verdade, não posso chamar de fé cristã uma crença que se baseie mais nas minhas linhas de suposição e imaginação, do que na concretude irrefutável de conhecer pessoalmente a Cristo. Por isso, o amado João fez questão de deixar registrado: "Ninguém jamais viu a Deus, mas o Deus Unigênito, que está junto do Pai, o tornou conhecido" (João 1:18). Portanto, não imagine Deus, conheça Cristo. "Quem me vê a mim vê o Pai", ele disse. Precisamos ver Jesus, logo, digo.
Note o quão desafiador é crer em algo que não existe.
Com frequência, formulamos divindades pessoais, mini-deuses pagãos, forjados a imagem e semelhança de quem não conhece o Salvador. Criamos em nossa mente, Deus a nossa imagem e semelhança. Forte dizer, mas conclusão necessária: todo cristão que não conhece Jesus é idólatra da mais cruel divindade já formulada pela imaginação humana: um deus chamado 'eu mesmo'. A mais frustrante de todas as divindades.
Agora, amigo, dirijo-me a você de forma direta: se sua fé baseia-se em expectativas pessoais a respeito de um deus sentido pelas emoções, ensinado por seus pais, ou mantido pelas tradições de sua igreja, esse deus, pelo simples fato de não existir, é proporcionalmente simples de abandonar.
Rejeite logo esse deus que lhe traz tantas frustrações - essa divindade maléfica, na verdade, é você mesmo! O Deus real, Aquele das Escrituras, só foi verdadeiramente apresentado por Cristo - "Ele é a imagem do Deus invisível". Em Cristo, o Criador possui um rosto, um caráter definido, por meio do qual todo homem pode se deixar cativar. Fé é apenas uma palavra nula, sem Jesus de Nazaré.
Deixo-lhe por fim, o que poderá ser uma valiosa lição para ter fé; a de que só é possível crer em Deus se estivermos "olhando para Jesus, autor e consumidor" dela (Hebreus 12:2). Abra os evangelhos e conheça a Deus por meio de Cristo.
quarta-feira, 2 de março de 2016
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